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Agrupamento de Escolas da Moita

Sede: Escola Secundária da Moita

Peça de teatro «Memórias de Abril»

Agrupamento | 22/04/2023

É nosso dever falar aos que não eram nascidos, para que saibam até onde podem chegar.” (Primo Levi)

No passado dia 21 de abril de 2023, os alunos do 12º D2 e 12º D3, da Escola Secundária da Moita, apresentaram a peça «Memórias de Abril», em duas sessões.
O escritor Mia Couto escreveu “ Num mundo obsessivo por perfeições inalcançáveis, que saibamos apreciar, acima da beleza que temos, a beleza que somos. “. De um certo modo foi o que senti no processo de construção desta atividade. Foi gratificante observar o empenho e o envolvimento manifestados pelos meus meninos e meninas (finalistas).

Assistiram às apresentações, várias turmas do nosso agrupamento assim como professores, funcionários, encarregados de educação, familiares dos alunos e os representantes da Câmara Municipal da Moita, a Vice-Presidente Sara Daniela Rodrigues e Silva e o Vereador António Carlos Pedrosa Pereira. Assistiu também a Dr.ª Ana Rita Neto, responsável pelo Plano Inovador de Combate ao Insucesso escolar.
Agradecemos a presença de todos.
Pretendemos construir um momento de consciencialização, de reflexão, de conhecimento e de memória relativamente a todos aqueles que lutaram pela construção da Democracia em Portugal. É fundamental reviver com as novas gerações os «tempos de abril», utilizando para tal registos como a música, a poesia, o cinema, o teatro… A lição que a realidade do último ano nos ensinou é que a paz e a Democracia,
na Europa, podem ser realidades frágeis e que é preciso um exercício contínuo de Cidadania para as defender e preservar.

Foram momentos únicos e inesquecíveis num Auditório de paz e de liberdade. Foi fantástico o empenho dos meus alunos envolvidos.
Depois de algumas reflexões relativamente à importância das atividades comemorativas do 25 de abril, apetece-me relembrar a questão «Pai, diga-me lá então para que serve a história», com a qual Marc Bloch abre a obra – Introdução à História.
Parece-me que a mais significativa utilidade prática que pode ter a História como conhecimento científico é permitir estudar o passado para que possamos compreender melhor o presente e ajudar-nos a melhorar o futuro. É neste sentido, e não numa linha de pensamento puramente ideológica que importa relembrar e se possível reviver as memórias de abril. Afinal, como escreveu Joseph Joubert «A memória é o espelho em que vemos os ausentes.». Ou então como diz a música – As brumas do futuro, interpretada pela Teresa Salgueiro «a razão de um povo inteiro / leva tempo a construir».

Silvestre Ribeiro

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